Elisabete da Silva Oliveira
APECV; CIEBA-FBAUL
Urgente é que a educação estética visual de todos prossiga
a eco-compatibilização com os tempos
O objectivo desta Investigação é reflectir sobre o papel de uma educação estética visual (EEV) de todos na sua qualidase de vida pluridimensional; e verificar a profundidade e amplidão sócio-comunicativa que os tempos lhe exigem e às quais a EEV vem respondendo nos projectos escolares em Portugal – em Amostra -.
Observamos como o currículo da EEV de todos tem respondido à mudança dos tempos, com necessária eco-compatibilização; e entendemos que, presentemente, terá dois polos mais relevantes, sempre com crescente repercussão na comunidade:
1.Intervenção cultural, de corpo inteiro e interactiva, dos jovens, na sinergia formal-informal da escola com o potencial cultural da envolvente; em que a performance se acentua.
Amostra: Projectos de O BANDO, com escolas de Palmela: vigília dos 50 Anos do 25 de Abril (2024) – exposições de trabalho escolar e de O BANDO; performance epartilha de ceia -. E trabalhos da Confraria infanto-juvenil, orientada por Nicolas Brites (2025), em torno da vivência índia, no contexto da 3ª versão das 1001 Noites, ali em preparação – auto-percepção e projecto cénico, por modelação. (Figura 1 – a ser melhorada).
Figura 1.
2. Integração da Inteligência Artificial (IA) nas criações visuais; questionamentos e desafio à partilha de experiência na comunidade.
Amostra: Projecto escolar na E. Sec. António Sérgio, V. Nova de Gaia, DVD com IA, em Exposição pelo Congresso APECV 2024 (Figura 2). E trabalho do Núcleo de Computação da E. EB 2/3 da Venda do Pinheiro, orientado pelo Professor Artur Coelho – com resultante em Workshop, orientada pelos alunos, no dia da IA no Pavilhão do Conhecimento-Lisboa, aberta aos Participantes -.
Figura 2.
Conclusão: Na envolvente presente, com as suas amplificações da expressão visual corporal e o recurso à funcionalidade de tecnologias como a IA, emergem riscos. Parece necessária e urgente, a preservação humanizante e em contínua eco-compatibilização experimental – memória e referencial de qualidade -, do património dos projectos visuais escolares – com reconhecimento nacional/internacional; e que a Formação de Professores (Mestrados de Ensino das Artes Visuais), aulas nas Escolas (públicas ou privadas) e experiências em Centros Culturais do país, garantam o que resta, e o que emerge como específico, da EEV, para lá da funcionalidade interdisciplinar desta. A EEV deve ancorar a formação de todos, especialmente até ao final do 9º ano, Currículo comum; do 10ºao 12º ano, extensiva a quem não opte por Artes Visuais, será recomendável uma disciplina de Cultura Contemporânea, acentuando o âmbito Visual.
37º Encontro da APECV: ‘Ações Artísticas em tempos esquisitos’, Viseu, 24 e 25 de maio de 2025