Nas artes visuais, por exemplo, na Educação Visual ou nas disciplinas artísticas
opcionais, pedagogias refletivas, críticas e novos meios de produção artística,
oferecem aos estudantes oportunidades para explorar os seus mundos visuais
multiculturais e multi-tecnológicos. A educação para a compreensão da cultura
visual oferece aos jovens meios para questionarem o fluxo de imagens transmitidas
diariamente pelos meios mediáticos, ajudando-os a compreenderem o seu papel de
público recetor e de produtor de significados. Através das artes performativas, os
educadores estão a transformar as salas de aulas em teatros de diálogo criativo,
fornecendo aos alunos ferramentas para desenvolver soluções para as
necessidades e desafios sociais contemporâneos. A educação artística fornece
meios para a compreensão e preservação de culturas minoritárias, que estão em
risco perante a globalização. Coletivamente as artes oferecem aos jovens
oportunidades únicas para compreenderem e criarem as suas identidades pessoais.
Estimulam os estudos interdisciplinares, a tomada de decisões participativa e
motivam os jovens e as crianças para uma aprendizagem ativa, criativa e
questionadora.
Mas esta Educação artístico Visual crítica: formadora de caráter, de personalidade e
de cidadania ativa, não é a Educação Visual preconizada pelos ajustamentos
curriculares que têm vindo a ser feitos desde os anos noventa. É a Educação Visual
que muitos professores fazem lecionando os conteúdos dos programas obsoletos
esquecendo-se das mais recentes teorias sobre Educação multicultural: educação
para a sustentabilidade, educação para os média e educação artística.
E é baseando-nos nas boas práticas que estamos a construir estes textos.
Grupo de Trabalho da APECV sobre Artes Visuais no Currículo, 20127