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Rita Luciana Berti Bredariolli

Rita Luciana Berti Bredariolli ( Comunicação oral)

Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

“Círculos de Cultura”: a atualidade de uma epistemo-metodologia política-poética para sonharmos (n)o improvável

 

Resumo

É possível dizer que a teoria educacional elaborada por Paulo Freire nasce do inconformismo diante do improvável. Em articulação com o tema deste encontro, pode ser dita como sonho diante do improvável. O sonho da democracia, da reparação e justiça sociais. Nesta proposição de comunicação assume-se a defesa da atualidade e atualização da epistemo-metodologia elaborada por Paulo Freire nomeada “círculos de cultura” como caminho para o exercício político de constituição e reconhecimento da noção de comunidade e imaginação política radical para a revolução esperançosa de espaços de construção de conhecimentos artístico/educacionais. A leitura atualizada desta epistemo-metodologia política-poética nomeada “círculos de cultura” se dará pela interlocução historiográfica, evidenciando sua concepção conceitual e histórias de sua realização em atos pedagógicos ao longo de tempos e espaços. Neste percurso em atualização, a noção de “círculos de cultura”, será abordada em sua dimensão anti-colonial pela interlocução de Paulo Freire com o pensamento de Amílcar Cabral, buscando formas de constituição e realização de uma “educação artística” crítica, mobilizada pelo incorformismo diante das violências históricas que constituem as estruturas sociais, as quais, em retroalimentação naturalizada perpetuam a discriminação, a desigualdade e a própria violência. Tais estruturações reverberam na organização das relações interpessoais e com conteúdos educacionais, em nosso caso, artístico/educacionais. Reconhecer a concepção e prática desta epistemo-metodologia política-poética elaborada e nomeada por Paulo Freire como “círculos de cultura” em sua dimensão anti-colonial, pode contribuir para a problematização e mudança processual destas reverberações de violências históricas naturalizadas, viabilizando, quiçá este sonho no improvável. Os livros “Pedagogia da Esperança” e “Pedagogia como Prática da Liberdade” serão os principais subsídios para estas elaborações aqui propostas. bell hooks, será outra autora importante para a constituição das intenções aqui expostas, especificamente seus livros “Erguer a voz: Pensar Como Feminista, Pensar Como Negra” e “Ensinando comunidade: pedagogia da esperança”.

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