Patrícia Filipa Ribeiro Martins
CEIS20_Universidade de Coimbra FCT
Comunicações orais
A mediação artistica na escola – ou um ímpeto de curar o comum
Resumo
Acreditamos que a presença de mediadores artístico-culturais nas escolas e o contacto com as expressões artísticas transdisciplinares podem constituir-se como uma mais valia para uma reorganização dos espaços educativos e como contributo fundamental para as questões da cidadania, inclusão, aceitação das diferenças e do respeito pela dissenção. Os caminhos para os espaços de diálogo, potenciados pelas artes e a subjetividade que a experiência artística possibilita, podem ser um ponto de partida para aceitar as múltiplas identidades de cada pessoa e para um ambiente construtor de uma sociedade plural e de uma cultura que valoriza o comum e onde todos e todas se incluem. Um sentido de hospitalidade e aceitação de todos nas suas especificidades, em que todos constroem uma “paideia” comum e partilhada. A escola pode constituir-se como um pólo cultural para as comunidades e os mediadores artístico-culturais como pontes que fortalecem laços entre artes e comunidade educativa, não se sobrepondo ao papel dos professores, mas atuando como um complemento ou alavancar de novas dinâmicas e abertura a novos paradigmas. Esta comunicação parte da experiência sui generis de uma mediadora artística a trabalhar no seio dos contextos educativos há mais de 10 anos, numa perspetiva de dentro para fora da escola, num ímpeto de cuidar e curar o comum.
